No início da pandemia, a internet comemorou algumas “limpezas” que ocorreram na natureza, como as reduções do consumo de energia elétrica e de emissão de gás carbônico. Mas, no fundo do mar – sempre tão negligenciado, a história é outra. Em dezembro do ano passado, a ONG OceansAsia divulgou um relatório preocupante: em 2020 estima-se em 1,56 bilhão o número de máscaras depositadas nos mares.
De acordo com o relatório, as máscaras fazem parte apenas da ponta do iceberg. O consumo de plástico tem aumentado significativamente há anos. Por isso, devemos lutar para reduzir esse material que tanto agride os nossos oceanos e, consequentemente, o planeta. Os resultados já estão surgindo e não podemos ficar de braços cruzados. Pela vida nos oceanos!
Assim como qualquer material plástico, as máscaras descartáveis (são feitas de plástico derretido) levarão muito tempo para se decompor – por volta de 450 anos. Lembrando que, durante esse processo, elas se transformam em microplásticos, um resíduo extremamente tóxico e poluente. Infelizmente, por aqui já sabemos o resultado disso tudo: a contaminação e morte dos ecossistemas marinhos.
Por se tratar de um novo hábito, o uso de máscaras faciais implica em uma nova atitude e educação de todos os indivíduos. O descarte correto delas deve ser uma preocupação de todos, pois, assim, evitará novos problemas ambientais. Lembre-se: ao frequentar praias, rios e lagos, não jogue sua máscara nas águas. Ela pode contribuir com a destruição da biodiversidade marinha.
Os peixes não usam máscara!
Fonte: Equipe de Comunicação/Mar Limpo